A moeda do ensino superior
Os brasileiros vão gastar cerca de R$ 72 bilhões em 2014 com mensalidades e materiais necessários ao ensino particular, do fundamental ao superior. Com isso, desenvolveu-se um sistema aproveitador que vai desde o calote de “faculdades” até a diminuição substancial daqualidade do ensino. Muitas organizações vêm fechando as portas prejudicando alunos – ou seriam clientes? – que ficam, mais uma vez, à mercê das falhas do Ministério da Educação. E não são quaisquer instituições! Nesse meio, há muitas com renome nacional sendo descredenciadas por questões financeiras ou pelo não atendimento legal. Acreditem, se fosse por questões de qualidade, poucas continuariam ativas.
O ensino superior tornou-se uma moeda e, como toda, há dois lados: coroa alunos despreparados e fica evidente – na cara – que a baixa qualidade do ensino plantada por essas instituições destrói o magistério. É comum a diminuição da carga horária para evitar pagamento de horas extras. É usual abdicar de aulas práticas para diminuir custos e aumentar lucros; como a substituição de professores especializados para reduzir a folha. Para aqueles que só querem o diploma, talvez seja uma boa, mas as consequências são bem mais graves e, tudo pelo o que já se lutou, está indo por “aula abaixo”.
A verdade é que o Brasil criou a “doença” e agora vende a “cura”. Condena aqueles que não podem pagar e, pela falta de uma fiscalização eficiente, desassiste aqueles que podem. Para o país, a diminuição da pressão exercida sobre as Universidades Públicas, a maioria sucateadas, só vem com o aumento de opções para a massa. Dessa forma, foi-se